Buzz word ou a necessidade de preservar o maior activo?

Luis Mota

Os indicadores desenhados de forma consensual na comunidade internacional, permitem a análise da reputação das organizações nas suas diversas dimensões e a definição de uma estratégia integrada e sustentada, que visa a melhoria dos vectores reputacionais menos desenvolvidos. A preocupação não é nova, mas aumentou exponencialmente com a globalização das ferramentas de comunicação.

De facto, muitas são as organizações, quer públicas, quer privadas, que têm dedicado os seus recursos na procura de standards que possibilitem, de uma forma sistematizada e consensual, desenvolver análises de reputação. Os objectivos são dotar as organizações de ferramentas de early warning que detectem desvios ou desalinhamentos do seu posicionamento público com a sua estratégia e medir quais os níveis de satisfação, confiança, respeito ou admiração que os stakeholders (público, consumidores, investidores, empregados,…) nutrem face à organização.

É neste ambiente, em que a reputação afirma e consolida o seu estatuto, que se torna necessário agregar vários conceitos dispersos e criar um modelo abrangente, focado no negócio, na gestão das relações com os stakeholders e virado para o futuro das organizações. 

O princípio base é que o impacto da informação nos media, em sentido lato, e nas redes sociais, é determinado pelas características da própria informação e pela forma como esta se apresenta. Assim sendo, aferir o índice de reputação, passa pela aplicação de uma fórmula, para determinar, com precisão, a forma, mais ou menos eficaz, como o público-alvo foi impactado pela informação.

Após a análise dos reputation drivers e os seus indicadores de performance (apelo emocional, produtos e serviços, visão e liderança, performance financeira, ambiente de trabalho e responsabilidade social), de forma a entendermos onde é que temos de reforçar a nossa atenção, vem o acompanhamento dos factores chave da gestão da reputação: distinção, focus, consistência, identidade e transparência, e aqui observamos a nossa posição competitiva no mercado, a unidade da organização e os seus princípios éticos.

As conclusões e recomendações, que permitem desenhar o futuro, realinhar estratégias e desenvolver medidas concretas são acompanhadas por outros dados como favorabilidade, conceitos associados, valores intangíveis, áreas de negócio e análise de meios. Analisar a reputação e aferir do nível de relação com os stakeholders é um desafio que todas as organizações devem empreender.


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